Sinestesia.
Sinta a poesia.
Anestesia, dormente alma sem calma.
Lapida a palavra bruta;
o olho que escuta.
Sinta.
Sentidos lidos.
No livro aberto , sem linhas, deserto!
Exista.
Na vida.
Persista na lida.
Ouvidos para ler, o que olhos vêem; o ser.
Ser a metade, siamês, grudado...
Sinta na pele o barulho do vento;
silêncio!
Abra o espaço infinito de ser.
O vento, o tempo.
Sinestesia.
Teça a teia, areia.
Cheia lua no céu, bola de meia.
Teça o fio, brilho.
Teça estrelas!
Cometas.
No seu da boca, o hálito de seu olhar.
Morda, veneno mordaz.
Morda voraz!