Gostaria de deixar alguns frisos aqui.
Nem mesmo sei direito o efeito disso.
Parei um momento para visualizar meu
pensamento. Penso em coisas longínquas...
Uma manilha rabiscada de carvão, foguetes
num dia doze de Outubro, um velocípede
bem antigo, cacos de louça quebrados pelo
quintal...
Numa tarde brusca e escura, tempestade.
As telhas do quarto quebradas, e a chuva vazada...
Uma paixão por elementos, um pé de laranja lima,
uma longa escadaria conduzia.Eu não sabia que
havia além. Além de minha alergia à inúmeros
tecidos e sintéticos da vida, além de minha sempre
estrepolia, além de minha cicatriz na sombracelha.
Eu parei de perceber todas as coisas; no momento
em que todas as coisas se aperceberam de mim.
Uma permuta sem nenhum consentimento. Foto: Gabriel Andrade.
Um comentário:
Passando para ler um pouco de Vall Duarte...
Belo texto!
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