sábado, 14 de abril de 2007
Absinto.
Para que dormente se abra minha mente.
Formidavemente meu corpo mergulhe...
Águas escuras e sombrias.
Enverede-me por ondas.
Abismos sem fim, profundezas da alma.
Sem calma.
Desperte o buraco negro do ser, o opaco.
Perca-me em mim mesmo, como sempre sonhei.
Invada todos os recônditos do castelo, derrube a ponte elevadiça; pobre donzela em fogo!
Desfaça a armadura, que elmos rolem pelo chão!
Que esteja quente meu coração!
Derretido, queimando em brasas do inferno.
Doce inferno!
Como Dante, como antes, como sempre.
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