...No final da noite à mesa posta.
Poças de sangue no chão!
Corpos, espelhos, solidão!
Era uma festa; poucos vieram.
E os que vieram, beberam.
Longas taças tiniam.Falsa burguesia.
Fantasia.
Peças íntimas expostas.
No tabuleiro de xadrez, o último ato.
Mordaz, o rei ocupa, joga a rainha no chão!
Cavalo galopa, trota e faz troça, figura com as mãos!
Na parede sombras, erotismo, um filme de quinta.
A TV chia, desligada, vazia!
O quadro da parede, triste, sozinho no corredor, dias melhores já teve; quer tinta.
Ao longe, altíssima, a lua observa gélida.
Testemunha; cega, surda e muda!
Como tudo muda; na noite que parecia de festa, ouve uma festa vazia.
Agora em silêncio, sem orgia.
Os gemidos se foram, cessaram.
No tabuleiro de xadrez, o rei escarnecia, aranha tece a teia.
È noite.
A luz da aurora surge feroz, mas não têm voz.
Cai o silêncio outra vez, o dia começa como sempre se se fez, quadro pintado;
obra de arte!
Nenhum comentário:
Postar um comentário