...E eu que jurei ser estrela, estrela do dia, elemento.
Pendurei em meu varal ideias e pensamentos, balançados pelo vento!
E eu que jurei ser sol, sol da meia-noite, elemento.
Construí meu castelo com areia e não cimento!
E eu que jurei ser dia. Dia.
Palavra cheia, perduradas em horas;
24 horas vazias!
E eu que jurei ser noite.Noite.
Palavra escura, perduradas em horas,
estreladas em cometas, perdidos na aurora!
E eu que jurei ter sentido.
Descobri-me sem sentido, descobri que sentir;
são muitos sentidos!
E em minha cruel intensidade; extremada palavra, maldade!
Descobri-me elemento, noite, dia, sol, cometa , areia, cimento!
Só não descobri que a dor não deixa de existir.
Ora vem , ora deixa de vir, ora aflora, ora chora!
Mas sempre está, nunca vai embora!
Porque sentir é uma dor que faz hora!
Mas não sentir é morto estar vivo; é como não matizar cores,
sorver sabores; é não viver segundos e com isso deixar de ver o mundo!
Eu sempre olho nos olhos.
Porque tenho medo de perder o momento, o instante, o efémero eterno!
Eu sempre olho, porque olhar é um sentido; e eu quero todos guardados em
meu olhar, em meus poros, nos fios dos meus cabelos, na tinta de minha retina.
Para que quando o vento ventar; eu possa me espalhar, num redemoinho, elemento sozinho...
Pode estar certo, passarei em seu caminho!
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