O homem tomou no gargalo.
Sorveu até o talo.
Caiu na sarjeta, entre copinhos de sorvete e maços de cigarros.
Espumou pela boca.
Bafo de Sonrisal;
e os pés inchados, não tinham chinelos!
Para tal feito, saíra de casa pela matina.
Apagou o abajur, digo lamparina!
Olhou as crianças no leito, catre seria mais direito.
E foi-se sovado e digno.
Mas na tarde finda, a dignidade se foi,
também foi-se o sovado ( o pão).
Não restou nada, miserentos centavos.
A sarjeta virou cama, irmanou-se aos demais!
Lembrou-se da mulher na casinha, dos filhos, na vizinha...
Cobertor esfarrapado, e aquilo que ela usava não era uma calcinha!
Por isso, verteu no gargalo, entornou até o talo.
Espumou.
Virou-se de lado, aconchegado ao meio fio,
e sorrindo com a boca em derrame, sonhou!
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