Era um tempo ameno
de se pensar pequeno
e todo dia a janela se abria
odores, maresia...
E se dizia: Bom dia!
Era um tempo pequeno
de um calor ameno que
a tarde envolvia, chá na varanda
na calçada, ciranda!
Era um tempo modinha
de rapazes e mocinhas
bengalas e sobrinhas;
bambolês a afinar a cintura,
poucas doenças e muita cura!
Era um tempo delgado.
em espartilhos marcados
e beijo...? Que sonho!
Só depois de bem casado!
Era um tempo distante
raro como diamante,
de passear na pracinha
e sorvete na casquinha,
e embora, de bonde se ia.
Poesia existia
e suspiros se esvaiam,
quando por descuido,
ou ousado despudor;
a canela se via!
Um comentário:
Que fofa! Ternura, ternura e mais ternura.
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