domingo, 31 de janeiro de 2010


Não consigo largar o vício.
Essa manifestação do querer.
Já criei diálogos longos, e monólogos
intensos; falei com minha mão.
Se aprende a ser o que se é.
Essa mistura de prazer e dor
que definha e realiza a vida.
Gargalhadas seguem-me,
como o sangue que lateja
nas vias públicas de minhas veias.
O sorriso eu escondi algum tempo.
Mas restou a intenção, o crepúsculo.
Restou milhares de contas coloridas,
um rosário a ser desfiado toda manhã,
toda noite, por dedos rápidos e ansiosos.
A alegria é uma coisa única de cada pessoa.
Assim como o coração.
Seu sabor e seu medo.
A dose certa e correta da batida.
Se soubesse a dose certa e correta...
Tomaria o veneno, e sorveria o remédio!
Eu opto pela não condição.
Eu serei enquanto puder não ser.
Suavemente não ser notada.
Como um aroma muito distante,
em uma manhã repeleta de odores!

Um comentário:

Unknown disse...

'Linda como vc Vall !
Acredito muito em vc, vc é merecedora de tdas as coisas boas que lhe aparecem !