domingo, 30 de agosto de 2009

Words.


Nem mesmo o alvoroço da condição,

ter sempre os pés a frente, cada dia

a semeadura é feita com o coração!

A impossibidade de se ter sempre

a reposta á mão...

A impossibilidade da questão!

Entender o quer dizer o sim

e muitas vezes o não.

Porque a razão?

Porque o querer destoa da condição?

Nem sempre o dia claro, nem sempre

a estrada reta, mas as curvas, a falta de

dimensão, oblíquo o ser, olhar e ver...

Deveria ser...

Palavras são tantas, quando querem dizer nada;

o silêncio toma forma, é de uma beleza danada!


O ouvido, onde corre o vento...

Deixe falar!
Foto Meinframer ( Gabriel Andrade)

domingo, 23 de agosto de 2009

Desapego...


È preciso não precisar...

Como não se notar a respiração;

o batimento do núcleo.

È preciso largar aberto as portas,

as passagens, os sonhos...

Não se prender á coisas que prendem,

Dominar o domínio.

È preciso o cuidado do desapego;

lamber os lábios ao sabor do medo,

mas sempre deixar ir, correr os pingos

da chuva, as folhas ao vento...

Desapego; fotografar o vento!

Há tempos que são longos e monótonos...

A vida ia, os olhos viam, mas não queriam

pra si, guardavam , como cores na íris inquieta

e deixavam ir, toda aquela embolia, a folia da vida!

È preciso deixar de querer como seu, o mundo, as coisas, o ser!

È preciso não querer modificar os caminhos...

A saliva se faz sem esforço, o osso, o sangue que tece e fia

a bomba que comanda o alvoroço! Desapego!

È preciso que se exalam perfumes; flores no lixo, sem estorvo.

Borboletas no estômago, todo dia, pra marcar o não vazio que é viver!