domingo, 17 de julho de 2011

O Bilhete.



Bilhetinho!?



E cravou em mim seu olhar de breu;



agora vazio e oblíquo.



Nervosamente, o pé agitava a poeira



do cimento, onde faltou o asfalto.



Eu continuava mudo.



Mas, como assim?



No bolso de sua carteira, escondido.



A raiva vazada.



Saiu em fúria pela rua.



Foi-se mesmo.



Minha carteira curiosa, no bolsinho



pequeno(o menor).



Um bilhetinho azul.



"O" bilhetinho.



Sem data, com letra de mulher.



Só consigo rir.



Datava na memória de cinco anos atrás, três



antes de conhecê-la...



Chutei o ar. Fui-me.



Congratulei-me pelo Dia do Homem.

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