sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Decompondo-se...




Abro os braços no espaço,
Membros soltos, oscilando ao sol.
Abro o espaço com os braços,
Solto o sol oscila.
Vejo; com olhos que não são meus,
Sinto na retina o sabor do vento,
Oscilo ao vento, conto o tempo.
Pouco falta para o mergulho final,
Sinto a música no limbo do meu ouvido.
Sonatas, acordes, concertos atemporais!
Desfaço-me ao som.
Desfaço-me como terra queimada pela lava.
Queimaduras profundas!
O que resta, oscila.
O que nasce; permanece!

2 comentários:

Anônimo disse...

As vezes me faltam as palavras...Vou no que é simples: como poucas coisas que leio, adoro como você se dissolve na natureza. Como se viver nessa caixinha que é minha vida, transbordasse um pouco na sua.
Não pare ou se deixe.
Até

Thiago disse...

se tem algo que vc faz bem, é transformar a natureza em arte... lindo o que c escreveu ^_^