sexta-feira, 9 de novembro de 2007

A janela.


Sabe aquela moça que abria a janela?
Ela sempre sorria!
Mesmo que não fosse bom o dia.
Mesmo se chovia, e a água escorria...
Era seu dia preferido!
Sabe aquela moça que abria a cortina?
Descortinava o dia.
Mesmo nublado e abafado.
Ela sempre sorria.
Aquela moça de longos cabelos alados...
Que sempre via o que se estava escondido!
Que sempre escondia o que via!
Guardava no olhar, pra depois revelar...
Ela acreditava sempre em alguma coisa boa.
Ela acreditava que sempre sorriria.
Mas a vida, um dia, apareceu sombria.
A moça queria sorrir, mas não conseguia,
e seu peito se debatia, sofria...
Mas ela continuou abrindo a janela, todo dia esperando...
Fosse sol ou chuva que viria, ela sabia;
a beleza existia.
Na clara claridade do sol, nas gotas enevoadas da chuva;
quando tudo era cor!
Então a moça abriu a janela e descobriu:
A janela era ela!

3 comentários:

Thiago disse...

as vezes abro a janela tbm... mas não espero mais o sol... Abro apenas pra entrar a luz... e o vento que passa toda manhã... Abro pra ver o verde que se espalha pelo quintal... Adorei o texto moça... de verdade, vc escreve muito bem viu?! espero que não se importe que eu venha aki...
bjos ^_^

Anônimo disse...

Você guarda uma doçura... de quem sofreu pouco. Ou será que sinto falta de um azedo que é só meu? Perdoe o julgamento, mas não pode ter chegado o ferrugem nas tramelas dessa janela. Espero que nunca chegue.

Unknown disse...

Passei para ler e sentir...
agora estou em dia com minhas leituras valerianas rsrs
bjokas