sábado, 17 de abril de 2010


Eis aqui meus livros,


nessas letras que não foram


por minha mão escritas, saberá


de mim, tanto e quanto.


Meus dias inglórios, minhas


melancolias tibetanas, meu riso parco.


Saberá de mim em cada linha frisada, ou


passada despercebida, aleatoriamente.


A crença insana de sempre querer sorrir


e chorar, a vontade de não me levantar,


nas manhãs com a garganta fechada.


Tantos sois e luas num pequeno céu.


Maneiras de se livrar da tentação.


Nesses livros que te trago, trago a


viagem preparada...


Tanta palavrinha!


Ora, quem sabe precisasse de lupa!


Tantos outonos e suas folhas, formigas


nos tacos gastos do quarto...


Trago-te o silêncio mais bonito.


Aquele que antecede as coisas imperiosas.








Um comentário:

Veiga disse...

Gostei da poesia! Tem musicalidade e sentir.
Se por acaso passares pelo meu blog (onde és bem vinda), encontrarás poesia, mas vários temas pois o objectivo dele é ser multitemático conforme poderás constatar consultando post mais antigos e podes deixar por lá um comentário.
Cumprimentos