domingo, 30 de maio de 2010

Domingueira.


Gostaria de deixar alguns frisos aqui.

Nem mesmo sei direito o efeito disso.

Parei um momento para visualizar meu

pensamento. Penso em coisas longínquas...

Uma manilha rabiscada de carvão, foguetes

num dia doze de Outubro, um velocípede

bem antigo, cacos de louça quebrados pelo

quintal...

Numa tarde brusca e escura, tempestade.

As telhas do quarto quebradas, e a chuva vazada...

Uma paixão por elementos, um pé de laranja lima,

uma longa escadaria conduzia.Eu não sabia que

havia além. Além de minha alergia à inúmeros

tecidos e sintéticos da vida, além de minha sempre

estrepolia, além de minha cicatriz na sombracelha.

Eu parei de perceber todas as coisas; no momento

em que todas as coisas se aperceberam de mim.

Uma permuta sem nenhum consentimento. Foto: Gabriel Andrade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Passando para ler um pouco de Vall Duarte...

Belo texto!