segunda-feira, 21 de abril de 2008

Poeira.


...Eu varro a poeira dos dias.
Para que não se impregne em mim.
Para que minha pele esteja limpa,
apta para absorver a claridade, as boas novas.
Para que todo meu ser , respire o ar das manhãs!
Eu espano a dor das feridas, e carrego para longe o pó;
que fazem meus olhos arderem.
Eu viajo em jardins que não são meus, para ver o verde.
E flores simples se despirem para o sol.
Eu espero o sol , toda manhã.
Ardilosamente traço planos.
Mesmo quando chove, eu espero a chuva.
Toda manhã.
Para que caia.
Para que lave.
Para que inunde jardins e flores desnudas.
Para que meu rosto se molhe, e renome minha pele...
Derme , epiderme.
Eu acordo e respiro o dia, todo dia!

Nenhum comentário: