sexta-feira, 20 de julho de 2007

Não sei ler olhares...


...Eu não sou daqui.

Nasci da junção de um vagabundo com uma dama, cheguei ao mundo

no mês final; não sou aquário, sou sagitário.

Tenho lirismo embutido, digo no traço, não faço sala.

Sou do fogo e queimo.Sou só, não nego, faço silêncios que não se calam.

Tenho sempre a sensação que já estive aqui outrora, e minha imagem no espelho me provoca inquietação; o mistério me fascina, e sempre olho atrás das

cortinas. O astro que me guia, foi expulso do sistema; por isso não me ilumina; confunde. E as tormentas me provocam.

Não sei se escolhi o caminho do mal, pois não sei o que é o bem!

Não sei ler olhares nem expressões, por isso o que procuro pode ser minha perdição. Não tenho lema e não quero ser tema.

Tentei fazer poemas.Não poemas com rimas.

Quero a total falta de simetria que me acompanhou até agora, quero as imagens distorcidas daquilo que eu nunca vi, e a demência da minha própria loucura.

A vida habita a ponta dos meus dedos, minha cabeça transborda e meu cérebro

se afoga.

Um comentário:

Anônimo disse...

Duvido muito que você não saibe ler olhares KKKK. Afinal olhar as cortinas por trás e as pupilas por dentro, as suas e do mundo, são inevitáveis para alguns como você que sentem mesmo não querendo. Mas sei que você é corajosa e o fugir do sentir não é seu. Brilhe como sempre, brisa sudeste, e deixe o frescor para os ventos solares.