segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Abraço.


...Pouco importa o tempo, a estação
a solidão...
Pouco importa se não foram as palavras certas, aquele dia.
Se à cada dia que passa, eu penso mais em seu abraço! E penso em como eu talvez nunca te abrace.
Se tens milhares de braços...
Filas de abraços, esperando o seu.
Toda essa ilusão, não devem caber em seus braços.
E se cabem, devem se espalhar ,cair no chão!
E eu que quis apenas ser eu, mas meu eu assusta!
Porque nele não existe outra que não seja eu.
E assim passa o dia, passa a noite
passam sol e lua, e o silêncio outra vez.
Me sentei na borda do seu olhar, na curva do seu ombro,
e é difícil notar-me, se mal respiro, pra não te tirar da ilusão.
Porque em preto e branco, sei que é difícil seu dia...
e por mais abraços que tenha, não têm os braços
da rosa que desfollhada se foi!
Barco a vela no mar, sumindo, longe.
E sofro por seu sofrer, muito embora não deveria.
Mas aceito a condição, aceito a agonia.
Talvez um dia eu passe a morar em sua retina
pequenina, num cantinho ocular.
E me veja sem querer, e me abrace até sem ver
e descubra que ali é seu lugar, meio tardio,
mas ainda assim há tempo de meus braços te envolverem, e
te dar tranquilidade, água de rio doce, suave caminhada,
tardinha na chapada, talvez assim sua alma possa descansar , e seu braços, já não esperem tantos abraços, e encontre os meus.

2 comentários:

Assis de Mello disse...

Tá arrasando, Valzitxa !!!
Sempre passo por aqui, só que sou meio mineiro, não deixo vestígio. Nem comentário.
Tem escrito coisas densas, hem !!!
Beijão nas omoplatas !!!
Chico

Simplismente Mih disse...

Oie Vall...
Adorei..
Simplesmente PERFEITO!!!
Parabéns...