quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Viagem...


...Eu passeei por entranhas.
Eram estranhas.
Diferentes na dor, mais similares na proporção.
Em cada ato, uma ação;
batida do coração.
Eu entrei em quartos que não eram meus;
e vi paisagens distintas, cheiro de tinta.
Figuras pintadas nas paredes, mogno polido.
Eu passeei por segredos e ruídos no ouvido.
O som do silêncio habitava os cómodos;
resquícios de lembranças...
Havia vida ali.
A saudade era tanta!
Musgos amarelavam-na.
Passeava por entranhas estranhas...
Ora ri, ora chora...
Mas sempre está; aflora!

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