terça-feira, 22 de maio de 2007

Cena de cinema.


...No final da noite à mesa posta.

Poças de sangue no chão!

Corpos, espelhos, solidão!

Era uma festa; poucos vieram.

E os que vieram, beberam.

Longas taças tiniam.Falsa burguesia.

Fantasia.

Peças íntimas expostas.

No tabuleiro de xadrez, o último ato.

Mordaz, o rei ocupa, joga a rainha no chão!

Cavalo galopa, trota e faz troça, figura com as mãos!

Na parede sombras, erotismo, um filme de quinta.

A TV chia, desligada, vazia!

O quadro da parede, triste, sozinho no corredor, dias melhores já teve; quer tinta.

Ao longe, altíssima, a lua observa gélida.

Testemunha; cega, surda e muda!

Como tudo muda; na noite que parecia de festa, ouve uma festa vazia.

Agora em silêncio, sem orgia.

Os gemidos se foram, cessaram.

No tabuleiro de xadrez, o rei escarnecia, aranha tece a teia.

È noite.

A luz da aurora surge feroz, mas não têm voz.

Cai o silêncio outra vez, o dia começa como sempre se se fez, quadro pintado;

obra de arte!

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