domingo, 6 de maio de 2007

Trovinha.

Era um tempo ameno
de se pensar pequeno
e todo dia a janela se abria
odores, maresia...
E se dizia: Bom dia!


Era um tempo pequeno
de um calor ameno que
a tarde envolvia, chá na varanda
na calçada, ciranda!


Era um tempo modinha
de rapazes e mocinhas
bengalas e sobrinhas;
bambolês a afinar a cintura,
poucas doenças e muita cura!


Era um tempo delgado.
em espartilhos marcados
e beijo...? Que sonho!
Só depois de bem casado!


Era um tempo distante
raro como diamante,
de passear na pracinha
e sorvete na casquinha,
e embora, de bonde se ia.


Poesia existia
e suspiros se esvaiam,
quando por descuido,
ou ousado despudor;
a canela se via!


Um comentário:

Anônimo disse...

Que fofa! Ternura, ternura e mais ternura.