sexta-feira, 4 de maio de 2007

Meu nome é Vida.


...Que falta de graça se a vida não fosse tão irônica!
A vida, (ela), ri em nossa cara toda hora!
Dissimulada, dispersiva...
Escondida em subterfúgios.
Entrelinhas, sempre entrelinhas!
A vida não é sincera.
A vida não é clara.
A vida não é franca.
Se esconde entre segundos não falados, entre olhares não olhados, se esconde entre quase tocar e nunca tocar!
A vida passa por nós, com sua máscara risonha, como se dissesse:
-Viva! Aguente! Experimente!
-Onde está sua coragem audaz?
-Eu sou a vida.Mordaz.
-Não perdôo, não espero!
Tudo que espero de ti; é que faças o que tua mente alimenta, e esconde em neurõnios insones.
Eu sou a vida; o que você ganhou sem pedir, o que você perde à cada dia, pois nunca sabe, se é um dia a mais ou um dia a menos!
Sou a ferida do seu umbigo, que nunca cura; cicatriz pura!
Vivo em todo seu continente, em todo hemisfério do seu eu, sou ilhas, penínsulas distantes entre você e você !
E você passa por mim, e não me olha; enquanto eu te olho o tempo inteiro!
Te grito, ou sussurro em seus ouvidos.
Mas nunca me ouve, nunca ouve meu riso sarcástico!
Eu nunca rio pra você , mas sempre de você; de sua covardia, de sua escravidão!
Passado, presente, futuro!
Jamais terá sua carta de alforia!
Eu sou a vida.
Dona de sua dor, dona de seu sabor!
Não se esqueça (jamais), sou eu quem arquiteto as suas feridas!
Muito prazer: Meu nome é Vida!

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