quinta-feira, 12 de abril de 2007

Despetalando...

Despetalando...
Caindo folha por folha no chão;
A leveza ao cair lentamente...
Como poeira.
como dizer desaparecendo, sem aparecer?
Ser invisível como tudo que é demasiadamente visto?
Ser calado, lábios costurados com linhas de silêncio!
Silêncio...ouviu?
Estar, ser, ficar, jamais se mostrar!
Ser como um arrepio...
Onda de frio...
Um anjo passou aqui!
Pulou, mergulhou.Mas não se encontrou!
Não sentiu o vento.Maldito vento que me mata de inveja!Daria um dia lunar pra ser vento...
Ventania, vendaval, assovio no canavial...
Cheiro de roupa limpa no varal...
Se fosse vento por um instante sequer; sentiria-me.
Se arrepiaria, olharia para os dois lados...
Talvez até sorrisse!
E olharia para o céu, ouviria o som do silêncio farfalhando...
Um dia ao acordar, acordarei ventando, saindo pela janela...
Sem cor, invisível, como sempre quiz!
Nesse dia com certeza, eu serei feliz!

Nenhum comentário: