quinta-feira, 12 de abril de 2007

Garça Branca...Epílogo.


Esvaíu-se, como água em terra seca.
Apagou-se, como chama ao vento.
deixou de existir, sucumbiu-se.
Veio em silêncio, foi-se calada.
Sem dono, pálida como sempre!
Será que esteve aqui?
Dejavu, não sei...
Será que a vi?
Olhei-a?
Toquei-a?
Olho minhas mãos, como se pudesse segura-la ali, em vão.
Miragem talvez; deserto eu, oásis ela.
Como viverei?
Pintas, pernas, olhares, sorriso?Não se vá Monalisa!Talvez mais tarde, adiante, nunca; mas não agora!
Ouço o vento, está aqui.
Olhou-me, e seus olhos farois, rasgaram-me a alma!
Olhou-me por sobre os ombros, sorria...Com os olhos, com a boca, com o corpo todo!Como o dia em que chegou; branca, com seu vestido vaporoso como asas de borboleta!
Foi-se para infinitos, para céus que não são meus.
Esperarei aqui, talvez na próxima estação...As garças sempre voltam.

Nenhum comentário: