domingo, 15 de abril de 2007

A Espera.

Talvez o tempo não tenha parado, mas o ar está carregado; odores, vapores...
O vento como sempre ronda à minha volta, na esperança que eu o veja, como gostaria!
Tantos segredos para contar-lhe!
Quantos segredos ele me contaria!
Oscilando entre as folhas como serpente, ele chega.
Imutável, silencioso; invade portas e janelas, frestas.
Cortina balança, cadenciada, voluptuosa se entrega!
Na espera...
Ouço o barulho do vento, diálogo mudo!
Amantes invisíveis, contidos.
Na imensidão do quintal, espero...
Todos os dias, agostos eternos.
Lábios trincados.Aguardo.
Silenciosamente, espero, e espero...
Que volte do mar, ou de qualquer lugar, que semeie aqui mudas de flores em mim!
Jasmim!

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